Rizicultura

Colheita do arroz começa a se intensificar no mês de março

Na região foram semeados 137.582,8 hectares do grão em 11 municípios

Foto: Gustavo Mansur - Palácio Piratini - A maior parte da plantação em Pelotas ainda está na floração


Por Luciara Schneid
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Os produtores de Pelotas e região começam a se preparar para dar início aos trabalhos de colheita do arroz, que neste ano ocupa área de 137.582,8 hectares em 11 municípios da região. Os primeiros números começam a ser apurados pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) ao longo desta semana. Em Pelotas, a maior parte da área ainda está em fase de floração, em torno de 50%. De acordo com o coordenador regional da Zona Sul, Igor Kohls, apenas um produtor começou a colheita, no último sábado, no município. 60% da área de arroz da região deve ser colhida ao longo do mês de março.

Dos seis mil hectares de lavouras do município, pelo menos 4 mil utilizam água da Lagoa dos Patos e afluentes, como o arroio Pelotas, para irrigação. A salinidade da lagoa causou problemas a estes produtores que ficaram vários dias sem poder puxar água para suas lavouras. Hoje, esse problema foi superado e apenas um produtor, com área em torno de 80 hectares e que planta um pouco mais tarde, permanece sem poder irrigar, dependendo das águas das chuvas, diz Kohls. Segundo ele, além de ser um problema por causar esterilidade das plantas, o sal irá refletir nas safras futuras, já que fica no solo e o produtor não tem como retirar, a curto e médio prazos, diz.

Segundo a Emater RS, nas demais regiões do Estado, a colheita avança de forma lenta, alcançando 4% da área cultivada no Estado, que fechou em 839.972 hectares. Em Bagé, a colheita ainda está em fase inicial e nas lavouras da Fronteira Oeste, registra 3% da área colhida em Uruguaiana e 2% em Barra do Quaraí.

Dia de Campo
O tradicional Dia de Campo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) este ano será realizado em três dias diferentes, cada dia dedicado a participantes de duas regiões produtoras. O evento ocorre amanhã, quinta e sexta-feira, na Estação Experimental do Arroz (EEA), em Cachoeirinha. As atividades iniciam às 7h30, com entrada franca e inscrições limitadas.

O primeiro dia será destinado à Planície Costeira Externa e Região Central; o segundo, Fronteira Oeste e Campanha e o terceiro, Zona Sul e Planície Costeira Interna. As inscrições serão feitas exclusivamente on-line e não haverá inscrição no local. Os produtores interessados podem procurar ainda o Núcleo de Assistência Técnica e Extensão (Nate) de sua região.

A finalidade do Dia de Campo é demonstrar ao produtor os resultados de pesquisas desenvolvidas, mostrando cultivares, práticas de manejo, ferramentas de controle de plantas daninhas e doenças para melhorar o desempenho da lavoura, beneficiando o produtor.

"O público-alvo é composto por produtores de arroz que realizam rotação com culturas de sequeiro e por técnicos atuantes na temática. A diversificação de culturas em terras baixas, por implicar em diferentes fontes de renda, proporciona melhor gestão dos riscos climáticos e de preços e vantagens agronômicas para o arroz irrigado cultivado em rotação ou sucessão", salientou a gerente da Estação Experimental do Irga, Gabriela Fonseca.

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